Caminhos do Sul

"Para conhecer a si mesmo é preciso, antes, conhecer o seu povo"

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A namorada da Lagoa

Por: Eliza Maliszewski



Foto: Wikipédia
O município de Tapes, localizado na Região Metropolitana, tem o nome derivado de povos indígenas que habitaram as regiões elevadas da Lagoa dos Patos. Por ser uma região montanhosa, ficou conhecida como a Serra dos Tapes. Localizado a cerca de 103 Km da capital, destaca-se pelo folclore, artesanato, dança e pesca.
A Lagoa dos Patos é considerada a maior riqueza natural e potencial turístico do município. Na enseada, conhecida como Saco de Tapes, acontece a travessia de natação com atletas de todo país e é propícia à navegação por possuir um canal dragado. Além disso, os turistas podem desfrutar das sete praias da região.


Foto: Prefeitura

"Lagoa! Sesmaria de águas claras deitada nos pedregulhos. Espelho grande onde as estrelas tolas vêm ajeitar o véu de lantejoulas durante a longa procissão noturna. Quando ao sol da manhã tu te incendeias, uma orgia de penas te enfeita as areias e o silêncio se quebra a um concerto de pios." ( Trecho do poema "Lagoa" - Apparício Silva Rillo)

Você conhece Tapes?

Fontes: Prefeitura Municipal de Tapes e Wikipédia

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Camaquã sob as lentes

Por: Eliza Maliszewski

"O Admirador das Rosas" - Laura Mendes Viatroski
A 13ª edição do concurso Fotografe Camaquã, realizada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, revelou os vencedores em junho. Com o tema “Ao abrir os olhos”, os 33 concorrentes percorreram o município em busca de imagens belas e, ao mesmo tempo, surpreendentes.

Na Categoria Profissional, o primeiro lugar ficou João Correa e “Meu Cão Voador 2” e na Categoria Amadora com Laura Mendes Viatroski e "O Admirador das Rosas”.
Você conhece Camaquã?
Fonte: Assessoria de Imprensa

terça-feira, 7 de julho de 2009

Folclore brasileiro: o Bumba-meu-boi de Norte a Sul do país

Por Renate Ritzel Melgar
Fotos: Tuber Mello e Maicon Severo

Quem nunca ouviu falar do Bumba-meu-boi? A folclórica festa da região Norte do Brasil, que possui como palco principal, no país, o município de Parintins, no Amazonas, também acontece em solo gaúcho. No estado, a celebração era comum em Porto Alegre e Santo Antônio da Patrulha, mas só em Encruzilhada do Sul a tradição se mantém viva até os dias de hoje.

Tradicionalmente, a festa do Bumba-meu-boi ocorre no final do mês de junho, mas no Rio Grande do Sul é realizada no primeiro sábado após o carnaval.

Oficializada pela Prefeitura Municipal em 13 de fevereiro de 1991, a festividade faz parte do calendário oficial de eventos de Encruzilhada do Sul e é uma das comemorações mais populares do município e região.

A “farra do boi”, como é conhecida pelos gaúchos, é um pouco diferente das típicas festas do Norte e Nordeste do Brasil. Aqui, a festa do Bumba possui um único boi, o qual é feito com uma armação de varas de ferro, coberta de tecidos e alguns adereços. A cabeça é constituída de uma autêntica caveira de boi forrada de tecido e os chifres, também originais, levam fitas, guizos e cincerros de bronze para fazer barulho.

Conduzido por um homem que o carrega sobre os ombros, o boi é acompanhado do tropeiro, que comanda a apresentação, do veterinário e dos campeiros, os quais, em meio a esbarrões, vão parando em casas e estabelecimentos para pedir doações. A festa inicia com a correria do boi pelos arredores do município, o qual realiza seu percurso até chegar à rua principal, onde uma grande multidão o espera:

− Quando anoitece, os comandantes da festa saem pelas ruas da cidade até chegar à Praça Central, onde são aguardados por adultos e crianças que se divertem fugindo do boi. A brincadeira é realizada por 12 homens de todas as idades e se estende até a madrugada – explica Célia Teixeira, 43 anos, moradora natural de Encruzilhada do Sul e freqüentadora da festa desde os cinco anos de idade.

A festividade, que ocorre há 152 anos no Estado, foi resgatada no município encruzilhadense, há mais de quatro décadas, por Firmino Silveira e pelo historiador Humberto Fossa. Desde lá, o conhecido “Mestre Firmino”, falecido em 2007, comandou a festa por 40 anos. Em 2004, o Mestre recebeu o Troféu “Cultura Gaúcha”, em reconhecimento à sua contribuição à cultura do Estado.

− O folguedo do Bumba-meu-boi é uma herança trazida a todos os municípios povoados por açorianos, como os do Vale do Rio Pardo, onde Encruzilhada do Sul está localizada. Firmino Silveira cresceu acompanhando, desde pequeno, a brincadeira nas ruas após o carnaval, que é muito representativo no nosso município. Depois de adulto, Firmino viu a tradição ser esquecida e, para impedir que ela fosse definitivamente perdida, decidiu fazer o boi renascer. Por isso, seu nome jamais será esquecido na história cultural do nosso Estado – conta a diretora do Departamento de Cultura de Encruzilhada do Sul, Volny Carvalho da Silva.


Mestre Firmino, com 82 anos, comandando a festa

A partir de 2008, a festa passou a ser comandada por Diogo Silveira Kucharski, neto de Firmino, e sua equipe.

− Substituir o meu avô como comandante oficial do Bumba-meu-boi é motivo de grande orgulho para mim. No primeiro carnaval após sua morte, em 2008, pensamos em não realizar a festa, mas ele não queria que a festa parasse, então continuamos – declara Kucharski.

Este ano o trajeto do boi voltou a fazer seu caminho original, uma vez que, no ano passado, o boi partiu da Casa de Cultura Humberto Fossa, em função do falecimento do mestre Firmino. Apesar da mudança de comandante, a festa do Bumba-meu-boi de Encruzilhada do Sul continua fazendo sucesso como nos anos anteriores. Prova disso foi o último evento, que atraiu mais de seis mil pessoas.




Conheça as festas do Bumba-meu-boi de outras regiões do Brasil


Quer ir na próxima festa do Bumba-meu-boi em Encruzilhada do Sul? Saiba como chegar lá



Exibir mapa ampliado

Matérias relacionadas aos municípios próximos à Encruzilhada do Sul:

O Brasil Polônia

Um pedaço da Polônia em Solo brasileiro

Rio Pardo: o berço da colonização portuguesa no Rio Grande do Sul

Cultura reunida

O ouro verde

Rua da Ladeira

Arte do Pisanki

O gigante do Sul


Fontes: Rosane Volpato, Prefeitura de Encruzilhada do Sul, Prefeitura de Parintins, UOL.

Colaboradores: Etyenne Gomes e José Roberto Correa Sobrinho



sábado, 4 de julho de 2009

Poloneses no Sul: uma história de 140 anos

Por: Eliza Maliszewski


Os primeiros imigrantes poloneses chegaram em 1869 e estabeleceram-se no Sul do Brasil, enfrentando todas as dificuldades de uma terra deserta e tomada pela mata. No Rio Grande do Sul eles estão espalhados pelos quatro cantos, como no município de Dom Feliciano, onde as tradições estão bem vivas na Casa de Cultura do Imigrante Polonês e no grupo Solidarność (em português Solidariedade). Os membros apresentam danças típicas e, junto com entidades, promovem eventos como o powieczorek (café da tarde) e obiad (almoço), que reúnem a população e reacendem nos jovens o sentimento dos antepassados.


Grupo Solidarność - Foto: Luciana Rembowski
O jornalista paranaense Ulisses Jarosinski, neto de poloneses, mora na Polônia há sete anos e estuda os “Polacos x Poloneses” no Sul do Brasil em sua tese de doutorado na Universidade Jagiellonski, em Cracóvia. Ele lamenta não ter tido acesso às tradições
dentro de casa, mas a curiosidade e as origens falaram mais alto:

− Um dia, em Curitiba, uma senhora descendente da quinta geração, chamou-me de "polaco estragado", porque eu não sabia nada da cultura. Corri atrás. Hoje sei muita coisa, sei falar o idioma - relembra.

Muitos produtos surgiram na Polônia e, no entanto, poucas pessoas têm conhecimento. Por exemplo: a cerveja foi criada lá e não na Alemanha, assim como a vodca, que é polonesa e não russa. A comemoração do Natal em 25 de dezembro foram os poloneses católicos que trouxeram. Antes o Brasil dos portugueses celebrava a data no dia 6 de janeiro.

Um dos moradores mais antigos do município de Áurea, André Stawinski, 88 anos, só se comunica no idioma de origem. Vovô Stawinski, como é conhecido, não esconde as lágrimas ao relembrar o passado. Ele conta que, na zona rural polonesa, havia muita gente pobre e, seguidamente, bandos de crianças maltrapilhas e famintas vinham pedir um pedaço de pão. A situação estava difícil. Foi, então, que se começou a falar em emigração. De todos os lados vinham chegando ecos de que nas Américas havia terras de sobra para quem quisesse. De acordo com Stawinski foram tempos tristes e, até hoje, a saudade é a pior vilã:

− Quando chegamos aqui não tinha nada. Meu pai queria voltar, mas não tínhamos dinheiro. Passei muita fome, mas consegui meu espaço e formar minha família. O pior é a distância da Polônia. Meu último desejo seria ver aquele céu de novo − emociona-se.

Existem raros estudos sobre a imigração e costumes poloneses e a dificuldade em encontrar dados verídicos é grande. Conhecer sua história é o anseio do homem desde que nasce, assim como, descobrir o porquê dela. Pensando nisso a paulista Silvia Parapinski dedica suas horas vagas a alimentar um site e pesquisar a genealogia. Silvia mantém arquivos digitais de cartas dos antepassados enviadas aos parentes na Polônia, mas que nunca chegaram aos seus destinos. Ela relata que o objetivo é reunir muitos descendentes e trocar histórias:

− Montei o grupo em 2003 e foram entrando pessoas. Alguns se tornaram grandes pesquisadores. Passamos a ajudar outros e hoje somos mais de 500 participantes. É nossa vida, nossa origem. Somos todos frutos da mesma árvore - afirma.
Conheça a culinária polonesa:



Fontes: Blog do Ulisses, Site do Ulisses, Banda Coração Nativo e Município de Áurea


terça-feira, 16 de junho de 2009

Caminho das Pipas: um roteiro de vinho e hospitalidade em Rolante

Por: Eliza Maliszewski e Renate Melgar

Em 2006, os produtores de vinho da comunidade de Boa Esperança, localizada no interior do município de Rolante, conhecido por sua forte colonização alemã, uniram-se para criar um roteiro turístico que valorizasse a potencialidade dos vinhedos da região. A partir desta iniciativa, surgiu, a 17 km do centro de Rolante, o Caminho das Pipas, o qual percorre sete propriedades rurais e onde é possível degustar e comprar uma infinidade de quitutes artesanais, como pães, cucas, salames, queijos e doces, além dos vinhos.
O roteiro é integrado por oito cantinas cercadas de vegetação nativa e especializadas na típica culinária italiana. A hospitalidade é garantida pelas oitenta famílias italianas que habitam os arredores do Caminho das Pipas. O acesso ao local é por estrada de chão, partindo do centro pela Estrada de Areia.

Você conhece Rolante?

Foto: Embrapa

Fonte: ClicRBS e Secretaria Estadual de Turismo

terça-feira, 9 de junho de 2009

Um pedaço da Polônia em solo brasileiro

Por: Eliza Maliszewski


Dom Feliciano está localizado na Região Centro Sul, distante 171 km da capital. Está a 154 metros acima do nível do mar, integrante da bacia hidrográfica do Rio Camaquã e tem uma população estimada em 14 mil habitantes. Foi emancipado em 9 de dezembro de 1963 de Encruzilhada do Sul, anexando áreas de São Jerônimo e Camaquã. A concentração está no interior, com cerca de 80 % da população residindo na área. A subsistência é baseada na agricultura sendo praticado, em larga escala, o plantio do tabaco e em menor os hortifrutigrangeiros e bacia leiteira.

Vista do centro da cidade
Foto: Casa da Cultura

A cultura polonesa é uma tradição mantida na cidade. Transmitida de geração em geração se mantêm até os dias de hoje. Na Casa de Cultura do Imigrante Polonês é possível encontrar vestes, utensílios, mobília e a história dos imigrantes que vieram em 1892. A religiosidade é notável nos monumentos como a Cruz do Imigrante, que é como um mirante sobre a cidade, e o Santuário de Nossa Senhora de Czestochowa.


Cruz do Imigrante
Foto: Eliza Maliszewski

São realizados casamentos tradicionais, comidas como czarnina (sopa parda de pato), kiełbasa (linguiça), zrazy (bolinho de carne), pierogi (pastel de nata) e eventos como powieczorek (café da tarde) e kolacja (janta), que reúnem a população.


Czarnina - feita de sangue de pato, ganso ou marreco e acompanhada de macarrão e batata-doce
Foto: Blog Santa Paula


Você conhece Dom Feliciano?



Fotos: Eliza Maliszewski

Rio Pardo: o berço da colonização portuguesa no Rio Grande do Sul

Por: Renate Ritzel Melgar

Localizado às margens do Rio Jacuí, o município de Rio Pardo é um dos quatro mais antigos do Rio Grande do Sul e de grande importância histórica para o Estado.
Nos
séculos XVII e XVIII, o município compreendia quase 157 mil quilômetros quadrados, mais da metade do território gaúcho, de onde se desmembraram mais de 200 municípios. Era habitado pelos índios Tapes, que foram, depois, civilizados pelos jesuítas espanhóis das Missões Orientais, por volta de 1633.
Em
1715 chegaram à cidade os primeiros colonizadores lusitanos, os quais fizeram com que Rio Pardo se transformasse no berço da colonização portuguesa no Rio Grande do Sul.
Fotos: Renate Ritzel Melgar


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Bem-vindo a Boa Vista do Buricá

Por: Eliza Maliszewski

O pequeno município de Boa Vista do Buricá, localizado no Noroeste gaúcho, é conhecido como “Terra de Empreendedores”. O codinome é garantido pela criatividade e inovação dos seus pouco menos de sete mil habitantes.
O nome Buricá provém do rio que nasce no interior do Estado do Rio Grande do Sul e deságua no Rio Uruguai. A origem do nome é tupi-guarani, pois "Buri" é espécie de palmeira e "Caã" significa mato. Assim, juntando os dois significados, pode-se dizer que Buricá, significa "mato de palmeiras". Há de fato, uma espécie comum, muito abundante, de palmeiras nesta região, conhecidas como coqueiros.
Os primeiros colonizadores eram procedentes das Colônias Velhas, como Santa Cruz do Sul, Rio Pardo, Roca Sales, Venâncio Aires, que saíam em busca de terras melhores. Iniciada a colonização, muitos agricultores, todos de origem germânica, moradores das "terras vermelhas" da Colônia de Santa Rosa, venderam tudo e se estabeleceram nas "terras escuras".
Você conhece Boa Vista do Buricá?


quarta-feira, 27 de maio de 2009

Salto do Yucumã: a maior queda d'água do mundo

Por: Renate Ritzel Melgar

O Salto do Yucumã, localizado no interior do Parque Estadual do Turvo - primeiro parque criado no Rio Grande do Sul, em 1947, no município de Derrubadas - é a maior queda d'água longitudinal do mundo, com 1.800 metros de extensão. Situado no Rio Uruguai, na fronteira do Brasil com a Argentina, o Yucumã possui quedas de até 12 metros de altura, atingindo uma profundidade que varia entre 90 e 120 metros.



O salto, cercado por 20 hectares de mata fechada no Extremo Oeste do Rio Grande do Sul, quase divisa com Santa Catarina, possui, em seus arredores, o último reduto da onça-pintada no Estado - o maior felino encontrado na América Latina -, abrigando, também, outros animais ameaçados de extinção, como o puma, a anta e o cateto. Mais de duzentas espécies de aves também fazem da região do Yucumã a sua morada, como o pica-pau-rei.

Inserido numa região tradicional entre os campos gerais e as áreas de formação das depressões encostadas no rio, o Salto do Yucumã foi tema de grandes reportagens de programas televisivos, como o Globo Repórter
, da Rede Globo, e No Coração do Brasil, da TV Bandeirantes.

Irã Dornelles, um dos pesquisadores que acompanhou a equipe de reportagem do programa global, conta que a experiência de gravar em meio a maior floresta do Rio Grande do Sul é uma grande prova de resistência, equilíbrio e coragem:

- A vegetação lembra a Amazônia. Árvores altas, pouco sol e muita umidade. A gente caminhava sobre cascatas lisas como sabão. A cada passo achávamos marcas diferentes, como pegadas de jaguatirica, pelos de porco-do-mato, carrero de anta... Lá é o verdadeiro refúgio dos bichos ameaçados de extinção, por onde atravessamos a pé para chegar perto e captar imagens dos grandes animais.

A reportagem apresentada pelo programa comandando por José Luiz Datena, No Coração do Brasil, pode ser conferida em duas partes no site oficial da Band.



terça-feira, 26 de maio de 2009

Museu do Pão é modelo de arquitetura em meio ao "Mate"

Por: Eliza Maliszewski

Ilópolis, distante 196 quilômetros da capital, na Região do Vale do Taquari, tem pouco menos de 5 mil habitantes e foi colonizada por imigrantes italianos, em 1915. Baseia sua economia no cultivo, extração e industrialização da erva-mate. Daí deriva seu nome: "Ilex paraguariensis", somado a "polis", isto é "Cidade da Erva-mate".

Moinho Colognese - Foto: Edson Mahfuz

Mas não só de erva-mate podem se servir os turistas. Conhecido internacionalmente como modelo de cidade ecológica, o município voltou a se destacar fora do país com o Museu do Pão e Oficina de Panificação. Um dos arquitetos responsáveis, Marcelo Ferraz, explica que o antigo moínho foi restaurado e acrescidas duas construções contemporâneas:

- Para que não ficássemos no saudosismo dos velhos tempos, criamos uma oficina de panificação e um pequeno museu sobre o pão. Novos atores que vestiram roupas novas em sua arquitetura. Assim se valorizou o velho moinho - acrescenta.
Ferraz assina o projeto junto com Francisco Fanucci. O conjunto arquitetônico já foi premiado em salões internacionais de arquitetura. No prédio do
Moinho Colognese, de 1930, erguido por imigrantes italianos, o depósito da sacaria ganhou novo uso. Nele deverá funcionar a bodega, uma confeitaria e cafeteria onde serão servidos produtos preparados na oficina.

Você conhece Ilópolis?

Fontes: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&newsID=a2423687.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Il%C3%B3polis

Cultura reunida

Por: Eliza Maliszewski


O Museu do Imigrante Polonês, localizado em Dom Feliciano, na Região Centro Sul, participou, pela primeira vez, da 7ª Semana Nacional dos Museus. De 17 a 23 de maio os visitantes puderam apreciar a exposição “Fotos de uma Época”. As imagens retratam o município logo após sua emancipação, em 1964.

1º Prefeito: Catulino Pereira da Rosa ligando o Gerador de energia a óleo - luz pela 1ª vez na cidade-1968


Paralelo a isso foi realizado um concurso de redação entre os alunos das oitavas séries das escolas municipal e estadual. O tema proposto era “ A importância do Museu para mim e minha comunidade”.
Fonte: Casa de Cultura do Imigrante Polonês de Dom Feliciano

segunda-feira, 25 de maio de 2009

De capital da malha à capital da fé

Farroupilha é palco da 130º Romaria ao Santuário de Nossa Senhora do Caravaggio

Por: Eliza Maliszewski
O final de semana registrou grande movimento no Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha, na Serra Gaúcha. Os quatro dias da 130ª romaria registraram grande movimento. A procissão atraiu cerca de 350 mil fiéis da Serra Gaúcha e de lugares mais distantes.
Hoje, dia dedicado à santa e feriado municipal, foi celebrada uma missa campal às 10h30. A governadora Yeda Crusius também esteve presente.
A Santa é tida como padroeira das mulheres que sofrem violência doméstica e dos motociclistas que, todos os anos, vão ao Santuário pedir bênçãos.
Foto: Nereu de Almeida - O Pioneiro/Ag. RBS

Na homilia da celebração, o padre Roque Grazziotin chamou a atenção para os acidentes envolvendo motociclistas:
- Devemos nos conscientizar que ao conduzirmos nossas motos precisamos obedecer as leis de trânsito e não tomar bebida alcoólica. Não resolve, mas ajuda - disse.
De acordo com as estatísticas das polícias rodoviárias estadual e federal, em 2008, cerca de 26% dos acidentes envolvendo motos resultaram em mortes no Rio Grande do Sul.
Conheça o Santuário de Caravaggio e o município de Farroupilha.
http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/plantao/10,2523262,Termina-nesta-terca-a-romaria-de-Caravaggio-em-Farroupilha.html

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A mais italiana das cidades

Por: Eliza Maliszewski

Antônio Prado é tida como a mais italiana das cidades brasileiras. Localizada no Nordeste gaúcho, foi a sexta e última das chamadas "antigas colônias da imigração italiana", fundada em maio de 1886.
Apesar dos importantes acontecimentos políticos pelos quais o país passava, como a Proclamação da República e a Revolução Federalista em 1893, não houve interferência no processo de implantação de imigrantes em terras cobertas de matas da Serra do Rio das Antas.
O nome deve-se à Antônio da Silva Prado, um fazendeiro paulista que, como Ministro da Agricultura da época, promoveu a vinda dos imigrantes italianos ao Brasil e instalou núcleos coloniais no Rio Grande do Sul.
O município de Antônio Prado possui um Patrimônio Tombado constituído por casas de madeiras e alvenaria que foram construídas no final do século XIX e início do século XX pelos imigrantes italianos. Em 1989 essas casas receberam proteção por lei federal através do tombamento de 48 edificações, realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Foto: Secretaria Municipal de Turismo
As edificações tombadas encontram-se espalhadas em toda cidade, mas é no entorno da Praça Garibaldi e na avenida Valdomiro Bochese que se concentram o maior numero de casas. Casas que serviram de cenário para as gravações do Filme “O Quatrilho”, um casario que retrata o princípio da vida do imigrante italiano.

Foto: Praça Garibaldi
Museu
Com mais de 500 objetos que contam a história dos imigrantes italianos, hábitos e costumes, é possível vivenciar uma casa com os artefatos que os imigrantes italianos utilizavam diariamente.

A fé
No entendimento dos imigrantes, fundar uma comunidade era escolher um santo protetor, construir uma igreja, ou um capitel que fosse, um campanário e um cemitério. Desde 1880, 36 capelas e 21 capitéis rurais, quase todos conservados, representam a verdadeira colunata do tempo da fé de grande parte dos pradenses.
Roteiro Caminhos da Imigração – Linha 21 de Abril
Retrata o trabalho e os e costumes dos antigos imigrantes.

Foto: Centro de Artesanato Lavoro della Mane – em palha de trigo
Vale do Rio das Antas
É quase um espelho largo e sinuoso entre os serros de um vale tão verde que quase assusta. Caminho de Entrada e Saída do município, conta com um mirante onde visualiza-se, além do vale, um sinuoso caminho cortando morros.

Foto: Ponte do Passo do Zeferino

Gruta Natural
Construída na década de 1920. Situa-se na zona urbana e ali são realizadas festas religiosas com procissões luminosas. Demonstra a religiosidade do povo.

Cascatas da Usina
Configuram-se em belas quedas d’águas, onde o visitante pode apreciar as belezas naturais no entorno do município, possui três plataformas para visualização das quedas sanitárias e trilhas. O acesso é de chão batido, mas é possível chegar com um ônibus de turismo.


Foto: Cascata do Inferno
Você conhece Antônio Prado?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A história do "Cadeado"

Por: Eliza Maliszewski
Pórtico de entrada
Foto: Prefeitura Municipal
Boa Vista do Cadeado é um dos 30 novos municípios emancipados no final da década de 1990, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Historicamente a área territorial da cidade foi fração de terras primitivas do Brasil imperial e distrito mais antigo das Missões. Sua tradição histórica foi marcada por lutas entre colonizadores portugueses e espanhóis, na disputa pelo continente.
Sua conquista política na evolução revela a história da expansão territorial portuguesa. Foi um divisor de águas para as comunidades indígenas. Somente o Tratado de Santo Ildefonso estabeleceu os limites definitivos aceitos ao Tratado de Madri, firmando como território português a região atual do município.
A ocupação remonta à época das Missões Jesuíticas, quando em suas terras de campo espraiava o gado que abastecia os habitantes indígenas dos Sete Povos. O atual processo de ocupação do Cadeado se deu durante a Revolução Farroupilha, em 1938. Os grupos de famílias imigrantes alemãs chegaram em 1874, procedentes de São Francisco de Assis. A partir de 1893, começaram a chegar imigrantes italianos. Mas o grande fluxo migratório foi em 1921, influindo decisivamente no atual perfil dos habitantes.
Tornaram-se especialistas na produção agroquímica, altamente mecanizada, concentrando sua atividade na monocultura de trigo, soja e milho produzidos na vastidão de terras aproveitáveis.
Cruz Alta é município-mãe de Boa Vista do Cadeado. Erico Veríssimo, seu filho ilustre, passou dias da juventude na estância de seu tio João Raymundo Neto, pessoa de rara cultura e com papel importante no Distrito do Cadeado e no espaço político regional. A origem do nome da localidade provém do cadeado na porteira das terras que formavam a estância de João Raymundo.
Você conhece Boa Vista do Cadeado?

terça-feira, 19 de maio de 2009

O ouro verde

Por: Eliza Maliszewski

Lavoura de fumo em Dom Feliciano

Foto: Site Domfeliciano.net

A safra do fumo 2008/2009 inicialmente prevista em 760 mil toneladas, aponta uma quebra de safra de 20% em média, de acordo com dados da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF). Isto Significa 152 mil toneladas a menos da previsão inicial, reduzindo a safra para 610 mil toneladas. A cultura movimenta a economia e gera recursos financeiros para o produtor rural. Sua industrialização gera empregos e os impostos incidentes sobre o cigarro engordam o caixa do Governo.
No Rio Grande do Sul a produção se concentra nas Regiões do Vale do Rio Pardo e Centro Sul. A população é composta de descendentes de origem alemã no norte e poloneses e açorianos ao sul.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A cidade das flores

Por: Eliza Maliszewski
O município de Selbach, que fica localizado no Noroeste do Rio Grande do Sul, teve sua origem ligada ao colonizador da área, o Cel. Jacob Selbach Júnior. Seus habitantes são de origem alemã, predominantemente. É um dos municípios de fundação recente, com apenas 43 anos.

É conhecida por "Cidade das Flores". Passeios públicos, praças e jardins são ornamentados com os mais diferentes tipos de flores, além de ipês roxo e amarelo proporcionam um clima agradável. A economia é basicamente agrícola - soja, trigo, milho, cevada e leite.
Os pontos turísticos mais conhecidos são:

Praça João XXIII
É uma praça com ciprestes e podas artesanais, muitas flores juntamente com o Monumento do Imigrante que homenageia os 150 Anos da Imigração Alemã, além de um parque de recreação para crianças.



Casa Urban e Mini Parque Encantado na Rota das Terras
Uma casa de muitas histórias EIN BAUERHOF moradia do imigrante alemão com grande acervo de documentos e móveis, preservados durante várias gerações. O Mini Parque Encantado foi montado com réplicas das primeiras casa construídas no município mostrando a arquitetura, o modo da vida, em especial do povo selbaquense.



Monumento ao Imigrante
Toda a sociedade tem a obrigação de resgatar a história de seus antepassados, como forma de reconhecimento pela contribuição. Neste sentido, a melhor forma que registra o reconhecimento, é a construção de um marco histórico significativo e que exposto ao público e seja de um material consistente para que tenha uma duração mesmo exposto em interpéries.

Igreja Matriz São Tiago
É uma construção feita de alvenaria, cujo início data em 1921 e seu término e inauguração em 1929. Toda a comunidade se mobilizou na construção e ajudou de uma ou de outra forma. Muito apreciado devido a sua arquitetura em estilo germânico, seus vitrais e suas portas frontais esculpidas. A mesma é muito visitada por devotos quase que diariamente.
Fotos: Site Rota das Terras

domingo, 17 de maio de 2009

Não fico longe de "Travesseiro"

Por: Eliza Maliszewski

Avenida 10 de Novembro
Foto: Prefeitura de Travesseiro

Não se trata de uma brincadeira. O município de Travesseiro, localizado no Centro do Rio Grande do Sul, foi criado em 1992 e está localizado no Vale do Taquari, a cerca de 25 km de Lajeado. Foi colonizado por alemães e italianos e baseia-se na agropecuária. Tem pouco menos de 2500 habitantes e destaca-se pelas paisagens serranas cobertas de Mata Atlântica.

A grandeza do Taim

Por: Eliza Maliszewski
A Reserva do Taim é a mais importante do Rio Grande do Sul e fica a 200 km ao sul de Pelotas e antes de Chuí (extremo sul do Brasil e divisa com o Uruguai), compreendendo partes dos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande, entre a Lagoa Mirim e o Oceano Atlântico. Possui cerca de 33 mil hectares, num ecossistema dominantemente pantanoso, com vegetação e fauna típicas.


A simples utilização da estação como área de descanso, de crescimento ou nidificação torna-a ainda mais importante pois para as espécies migratórias a destruição de uma área na rota de migração pode colocá-las em risco de extinção. A reserva é habitada por inúmeras espécies de peixes e animais silvestres, como jacarés, lontras, capivaras, ratões-do-banhado, além de lobos marinhos. Aves aquáticas de muitas espécies como a garça branca, uma das mais belas aves do mundo.

Por ser o banhado um dos últimos remanescentes desse tipo de ecossistemas, a Estação Ecológica do Taim tem valor especial para estudos ecológicos. A Estação conta com toda uma infra-estrutura para o desenvolvimento de pesquisas. Não é permitida a visitação pública com o objetivo de lazer, porém para atividades de Educação Ambiental é estimulada.


Fonte: http://www.abbra.com.br/reservadotaim.htm

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Um pedaço do Tibete no Rio Grande do Sul

Por: Renate Ritzel Melgar

Foto: Renate Ritzel Melgar

No município de Três Coroas, situado no Vale do Paranhama, encontra-se o o único templo budista tibetano da Améica do Sul, o Khadro Ling. Localizado sobre as montanhas, o templo é a primeira representação de Padmasambhava - o Mestre; a versão do Buda do Tibete - construída de forma tradicional no Ocidente.


O templo principal do espaço budista é uma réplica do Templo de Guru Rinpoche, o grande mestre iluminado que levou o Budismo Vajraiana ao Tibete no século VIII. O último desejo de S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche era o de criar esse lugar, que se tornou um dos maiores pontos turísticos do interior do Rio Grande do Sul.


Além de conhecer a cultura do povo tibetano que vive aos arredores do templo e, especialmente, as crenças e costumes do Budismo, os visitantes podem experimentar a paz e a serenidade trazida pelas atividades indicadas no local, como também usufruir das paisagens de Três Coroas.


Entenda a escolha de Três Coroas para a construção do Khadro Ling




Assista imagens do Khadro Ling


Fonte: Chagdub Gonpa

Rua da Ladeira

Por: Renate Ritzel Melgar
Foto: Renate Ritzel Melgar

A Rua da Ladeira, atual Rua Julio de Castilhos, em Rio Pardo, foi a primeira rua calçada no Rio Grande do Sul. A mesma foi construída em 1813 para a chegada de Dom Pedro II no Estado e tombada em 1954 pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Brasil.


Foto: Renate Ritzel Melgar

Utilizando trabalho escravo, a Rua da Ladeira foi construída no modelo da Via Appia Romana, com escoamento no centro do calçamento.

Parque Witeck: a 8ª maravilha do Rio Grande do Sul

Por: Renate Ritzel Melgar


No município de Novo Cabrais, localizado próximo à região central do Rio Grande do Sul, encontra-se o maior parque privado horto florestal da América Latina, o Parque Witeck.

Conhecido como a 8ª maravilha do Estado, o parque compreende uma área de 70 hectares e possui flora rica em espécies do mundo inteiro, além de diversificada fauna silvestre.



O horto florestal foi idealizado em 1962, pelo Dr. Acido Witeck, médico e ex-prefeito de Cachoeira do Sul, e possui, hoje, mais de duas mil espécies e plantas, entre árvores, arbustos, flores e forrações nacionais e internacionais, que podem ser encontradas no parque de Novo Cabrais.


Quando Witeck comprou as terras que hoje abrigam um dos maiores e mais ricos pontos turísticos do Rio Grande do Sul, foi considerado louco, pois a mesma encontrava-se degradada e sem condições para qualquer tipo de plantio. Com persistência, o médico criou o primeiro lago e plantou as primeiras árvores com suas próprias mãos, em 1966, contrariando a opinião dos que não acreditavam em seu projeto.



Hoje, o Parque Witeck é dividido em diversos ambientes de jardim a céu aberto, tais como o Recanto das Coníferas, Coleção das Palmeiras, Folhas Caducas, Jardim Europeu, Recanto Tropical e seis lagos temáticos batizados como Lago da Paz, Lago Mágico, Lago Grande Espelho do Céu, Lago Encantado, Lago Negro e Lago Selvagem.



O parque, que possui paisagens montadas representando países como Canadá, Austrália, Espanha, Japão, Itália, Suíça, Polinésia e México, está na lista dos mais belos jardins botânicos em espécies vegetais do Brasil e dispõe de programas de educação ambiental com guias especializados para atuar com escolas, universidades e admiradores da natureza em geral, com estrutura e acompanhamento para receber visitantes de todas as partes do mundo.

De acordo com o diretor-proprietário do parque, Henrique Witeck, os jardins já foram visitados por turistas alemães, filipinos, americanos, uruguaios, chilenos, franceses, canadenses e chineses, entre outros.

Saiba mais sobre Novo Cabrais: Localiza-se na Mesorregião do Centro Oriental Rio-Grandense e na Microrregião de Cachoeira do Sul. Seu território está empregado nas Escarpas do Botucaraí, pertencendo à Região Centro-Serra. É um município emancipado de Cachoeira do Sul e instalado em 1997. Sua Área é de 192,34 km² representando 0.0715% do Estado, 0.0341% da Região e 0.0023% de todo o território brasileiro.
A origem do nome do município possui duas possibilidades: a primeira é a chegada da família Cabral em seu território; a segunda deriva da existência de cabras nos arredores da cidade.
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Tão perto, tão desconhecido...

Foto: Saul Teixeira
Por: Eliza Maliszewski
Localizado a 57 km da capital, no município de Viamão, o Parque de Itapuã, protege a última amostra dos ecossistemas originais da Região Metropolitana de Porto Alegre, às margens do lago Guaíba e da Lagoa dos Patos.
Foto: Saul Teixeira

Ocorrem mais de 300 espécies vegetais e grande diversidade animal, sendo comuns os bugios-ruivos. A Lagoa Negra, com 1750 hectares, é o ponto de parada de aves migratórias, como o trinta-réis e batuíras.
O Parque Estadual de Itapuã foi criado em 1973 e fechado 18 anos depois, sendo reaberto apenas em abril de 2002. A área de 5,5 mil hectares, onde está localizado o parque foi palco de combates durantea Revolução Farroupilha. Na tentativa de impedir a passagem de navios imperiais vindos do Rio de Janeiro, os farrapos construíram fortes nos morros chamados de Itapuã e de Fortaleza.
Em 1836, 32 soldados farrapos morreram no Morro da Fortaleza, vítimas de um ataqueimperial. Duas embarcações farroupilhas também estão afundas perto da Praia das Pombas.


Fonte: Texto publicado em Zero Hora 29/04/2003